De acordo com uma relatório feita pela New York Digital Investment Group (NYDIG), a mineração de Bitcoin seria responsável por apenas 0,9% das emissões globais de carbono em 2030. Essa estimativa foi calculada considerando que o preço da unidade Bitcoin seja de US$ 490,000 em 2030.
As emissões de carbono do Bitcoin estão ligadas às fontes de energia que os mineradores utilizam. A criação da moeda depende de um sistema chamado “Proof-of-Work”, onde os mineradores competem entre si para aprovar as transações na blockchain. Isto requer grandes quantidades de energia, que atualmente é derivada de combustíveis fósseis.
Ao longo da sua existência, o Bitcoin já enfrentou muitas críticas por causa do seu alto consumo de energia. Já em 2019, o Bitcoin utilizava tanta energia quanto as Filipinas, de acordo com a Universidade de Cambridge.
Mais recentemente, a Tesla deixou de aceitar pagamentos em Bitcoin devido a preocupações com o consumo de combustíveis fósseis da rede. Entretanto, o relatório da NYDIG mostrou que a situação não é tão terrível quanto muitos poderiam temer.
“O consumo absoluto de eletricidade e as emissões de carbono do BTC não são significativos em termos globais”, disse a NYDIG em seu relatório. A mineração do Bitcoin representa apenas 0,1% das emissões globais de carbono no momento, que era de 33 milhões de toneladas de dióxido de carbono (MtCO2) em 2020, menos do que a aviação ou o ar condicionado produz, disse o relatório.
Após a repressão chinesa à mineração, a mineração de bitcoin caiu de 92 terawatts-hora (TWh) em março deste ano, para apenas 49 TWh em julho, mostrou o relatório.
A NYDIG disse ter calculado o consumo futuro de energia dos mineradores de bitcoin com base na trajetória de preços, mistura de energia dos mineradores, atividade, localizações, economia, preços de energia e volumes de taxas de transação.
Antes da repressão da China, a maior parte dos mineradores de BTC do mundo estava localizada lá. Mas muitos se mudaram desde então para países que oferecem fontes de energia mais amigáveis ao meio ambiente, como o Irã ou os Estados Unidos.
“A longo prazo, a intensidade das emissões de carbono do bitcoin (e com ela as emissões absolutas de carbono do bitcoin) diminuirá, à medida que o desenvolvimento das energias renováveis continuar e os países se esforçarem para descarbonizar suas redes elétricas”, disse o relatório.